O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e no mundo. Existem basicamente dois tipos de câncer de pele: os tipos não melanoma (basocelular e epidermóide, em sua maioria); e o tipo melanoma, menos frequente, porém com maior risco de mortalidade.
Os principais fatores de risco são:
- queimaduras solares, especialmente precocemente na vida,
- peles claras, olhos verdes e azuis, cabelos ruivos ou loiros,
- histórico familiar ou pessoal de câncer de pele,
- uso de câmeras de autobronzeamento,
- presença de múltiplos “sinais” ou “pintas” pelo corpo
Para prevenir o câncer de pele
- Consultar regularmente o dermatologista;
- evitar a exposição solar entre 10 e 16h;
- usar regularmente protetores solares, mesmo em dias nublados e frios;
- os protetores devem ter FPS de no mínimo 15 e ser aplicados em todas as áreas expostas antes de sair à rua, em quantidade suficiente (a referência é a palma da mão). Devem ser reaplicados a cada duas horas ou após banho, suor, ou uso da toalha. Nos lábios, os cosméticos sem FPS não conferem proteção.
- proteger-se à sombra (embora queimaduras ainda assim podem ocorrer)
- manter o corpo coberto (as cores mais escuras conferem maior proteção do que as claras e as secas do que as molhadas). Tecidos normais, sem fator de proteção, conferem um FPS de cerca de 15.
- usar óculos com proteção UV e chapéus.
Quimioprevenção
Há evidências de que o uso da vitamina B3, na dose de 500 mg 2x ao dia, reduz o risco de um novo câncer de pele em pacientes com histórico. A Vitamina B3 ajuda no reparo das células da pele causado pela radiação UV e também protege o sistema imune cutâneo, ajudando a erradicar células anormais antes de se tornarem cancerosas.
Para diagnosticar
Os principais sinais de alerta são:
- Surgimento de novas lesões
- Modificações em “sinais” pré-existentes
- irregularidades das bordas
- mudança de cor (em especial se coloração enegrecida)
- coceira, ardência, descamação ou sangramento
- aumento ou diminuição de tamanho
É importante que os sinais sejam acompanhados de forma regular e completa, de preferência por dermatologista, lembrando das plantas dos pés e couro cabeludo. Para pessoas com muitas pintas no corpo existem atualmente métodos de rastreamento digital.
Em caso de lesão considerada suspeita, a retirada deve ser feita através de remoção (biópsia) preferencialmente completa da lesão e encaminhamento para exame anátomo-patológico.
Dra Daniela Lessa da Silva
Oncologista Clínica – CREMERS 23039
Fonte: Jornal NH – Caderno Saúde – Segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017.